sábado, 26 de março de 2011

~Meus sonhos são brincadeiras cruéis

Era um sonho, e eu estava convicta disto, mesmo assim continuava correndo, as vielas eram estreitas, construidas com pedras, as paredas com ausência de cores. As pessoas iam e vinham, todas estavam ocupadas, era como se eu fosse invisivel. Eu não podia parar, tinha de continuar procurando, precisava encontrar alguém. Não sabia o nome e não conhecia o rosto, mesmo assim eu o amava e precisava dizer isso a ele, antes que eu desistisse desse sentimento, antes que eu me cansasse de procurar. Precisava encontra-lo. Foi quando vi um clarão, uma porta diferente das outras, estava aberta e dela fluia luz, me aproximei e vi o lado de fora daquele lugar tristonho. A porta dava acesso a uma escada também em pedra, que levava à uma plantação, era uma especie de milharal ou algo parecido, as plantas ainda eram pequenas, uma vista que abrangia toda a imensidão, pois eu estava em um lugar alto daquela cidade. Então sentei-me na escada observando a calmaria que fazia na plantação, conseguia ouvir o barulho da água ao longe, tinha um rio em algum lugar proximo. Além disso ouvia meu coração em ritmo acelerado, e pensei que era em vão continuar aquela procura, eu estava confusa. Meus sentimentos me enganaram, me fizeram correr como uma louca em uma busca perdida. Então o vento soprou e ouvi uma voz, como se alguém falasse em meus ouvidos, a voz dizia: Eu não vou ficar aqui para sempre. Olhei para tras confusa e vi que estava só, não havia pessoas ali, e percebi que estava em uma ruina. No meio do nada e sem ninguém.

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